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I Feira de Ciências da Bahia - cobertura
Caracterizada como um espaço de apresentação de experiências e projetos de estudantes, orientados por docentes, a 1ª Feira de Ciências da Bahia, que acontece entre os dias 17 e 23 de outubro de 2011, no estacionamento E do shopping Iguatemi, tem o objetivo de democratizar o ensino e a aprendizagem das ciências.
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Feira de Ciências - O projeto foi estruturado em três etapas, que incluíram a formação continuada de professores, a realização de feiras escolares e culminou com a realização da Feira de Ciências Estadual, coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia – SECTI, durante a VIII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. “A feira foi um projeto que submetemos ao CNPQ com o intuito de contribuir com a educação, no sentido de quebrar um pouco do paradigma das exposições dos professores que apenas interpretam aquilo que tem no livro e passam esse conteúdo para o aluno”, afirmou Rogério de Jesus, coordenador da feira.
Segundo Rogério, a ideia foi fortalecer uma política pública de transformação curricular onde o aluno fosse protagonista do seu próprio aprendizado. “Quando o estudante parte para a pesquisa, o conhecimento fica mais sedimentado de forma interdisciplinar”, disse.
Jeudy Aragão, coordenador da Diretoria de Formação e Experimentação Educacional – DIRFE elencou as vantagens de projetos como o da feira. “É uma ação resultante de um curso de formação de professores para a prática do ensino de ciências. Então, com isso, a gente pode dizer que os professores, além de rever a sua própria metodologia de aplicação e de ensino em ciências, podem observar isso através de uma experiência prática como a feira, que reúne aqui, em 65 estandes, cerca de 40 municípios distintos”, explicou Jeudy.
Além disso, “o evento está conectado com a semana nacional de ciências e tecnologias, fato que projeta a produção dessas escolas, desses jovens, desses professores inovadores, para todo o país”, concluiu.
O projeto foi abraçado pelo instituto porque contemplava valores de ideologias similares às do IAT. “Quando a gente recebeu esse projeto, gestado por outra secretaria, nós o abraçamos porque era aquilo que acreditamos que deveria ser feito, que é possível plantar sementinhas de esperança. Vocês jovens, junto com os seus professores, em suas escolas, podem fazer a diferença. E é nisso que estamos apostando” observou a diretora geral do IAT, Irene Cazorla.
Durante dois dias os 65 trabalhos selecionados nas feiras escolares ficaram em exposição no estacionamento E do shopping Iguatemi. Após essa etapa, houve uma cerimônia de premiação, ocorrida no dia 19 de outubro, no IAT, onde foram divulgados os melhores trabalhos nas categorias estaduais e os que vão representar a Bahia na FEBRACE, em março de 2012, em São Paulo.
Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) - Um dos projetos que vão ser apresentados na capital paulista é o desenvolvido por Lucas Borges, 16 anos, do município de Fátima. A experiência sobre o sistema de segurança, para fogões contra acidentes domésticos, tem o objetivo de eliminar o índice de mortalidade envolvendo acidentes com panelas. “Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, cerca de 320 mil crianças estão morrendo todos os anos no mundo por conta de acidentes domésticos. Então surgiu a ideia de desenvolver uma grade com um sistema de travas que fixa a panela ao fogão, evitando, assim, que ela possa ter algum movimento brusco, ou até mesmo cair”, explicou Lucas.
O projeto, desenvolvido no Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima, foi orientado pela professora Claudia de Souza Santana. Segundo ela, foram três meses de trabalho intenso. “Quando fui convidada para participar desse projeto, logo de cara abracei porque gosto de projetos pedagógicos. Utilizei o horário de aula, fui a fundo para a construção de toda a sistemática. O resultado está aqui, estamos na FEBRACE. Me sinto super feliz pelo meu aluno, por meu trabalho ter sido recompensado e pela escola que nos deu apoio para que chegássemos até aqui”, afirmou Cláudia.
E não para por aí. Em março eles apresentam a experiência na FEBRACE. “A expectativa agora é desenvolver o projeto com mais infra-estrutura para que o projeto ganhe mercado e quem sabe transforme essa linha de produção de fogões que já é tradicional e clássica”, disse Cláudia.
Já Lucas vive a expectativa de conhecer São Paulo. “Não sabia que ia ganhar a feira estadual e fui classificado para a nacional. É uma emoção muito grande. Ainda não caiu a ficha direito, não estou acreditando no que está acontecendo. Quero agradecer aos realizadores do evento, pois deram a oportunidade para que nós, alunos, pudéssemos mostrar que também somos capazes de melhorar o mundo em que vivemos”.
Continuidade - Para o ano que vem, “a expectativa é que possamos atender os 417 municípios do Estado e tenhamos um espaço físico maior, mais confortável e a presença de todos os integrantes dos projetos aqui”, declarou Rogério Lima.
A I Feira de Ciências da Bahia é uma parceria da SEC, através do IAT, com a Superintendência de Desenvolvimento da Educação Básica (SUDEB), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI), a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRACE), a Universidade de São Paulo (USP), a Intel Semicondutores do Brasil, a Sociedade Brasileira de Química (SBQ), e o Instituto Federal da Bahia (IFBA).
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