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V Seminário GEPEE dá visibilidade a luta por uma educação antirracista e a trajetórias escolares de estudantes negros
A educação antirracista na rede pública da Bahia e as relações étnico-raciais nas escolas foram alguns dos temas debatidos hoje (01) durante o V Seminário do Grupo de Estudos, Pesquisas e Experimentações Educacionais do Instituto Anísio Teixeira. O evento, que teve como tema central ‘Novembro Negro’, promoveu também uma reflexão sobre as trajetórias escolares de estudantes negros na educação pública.
“A luta por uma educação antirracista tem de ser uma luta de todo dia. Precisamos tratar desta questão não só no mês de novembro, mas durante todo o ano”, afirmou o diretor geral em exercício do IAT, Iuri Rubim, que destacou também a necessidade de discutir a atualidade da Lei 10639/2003, que já tem 20 anos, mas que, segundo ele, ainda possui muitas lacunas e coisas para fazer.
Iuri Rubim falou ainda sobre o papel do GEPEE/IAT na produção e difusão do conhecimento e sobre a necessidade de fazer com que todo o conhecimento produzido sobre o Novembro Negro chegue nas salas de aula e nas redes de educação, como forma de promover uma educação antirracista e de criar estratégias para o enfrentamento do racismo nas escolas e ambientes educacionais. “Este é um momento de discussão qualificada, mas que não pode parar por aqui. Precisa gerar novos processos”, concluiu.
Integrando a primeira mesa do dia, a professora e coordenadora pedagógica Vanessa Lemos discorreu sobre a necessidade de reconhecimento de cada trajetória e sobre a importância do letramento racial “A gente não nasce negro, a gente se torna negro”, pontuou.
A docente apresentou ainda o conceito de dororidade que, segundo ela, trata das dores e trajetórias das mulheres negras. “A sororidade é algo muito pertencente as mulheres não negras, um caminho de apoio mútuo para elas”.
“Esse dia traz para gente reflexões muito importantes. Todo dia é dia de relembrar a consciência e todo o processo que vivemos enquanto população negra brasileira”, afirmou a assistente social Jurema Alves, que discorreu sobre as reflexões transversais a produção de sua tese sobre a relação escola/família e a educação antirracista.
“Me sinto muito feliz de ter composto esta mesa tão maravilhosa, tão plural, de mulheres potentes e de estar falando sobre esta pauta tão importante de representação negra e políticas antirracistas”, afirmou o estudante do Colégio Central e um dos expositores do Seminário, Nicolas Moreira, que discorreu sobre trajetória formativas de estudantes da rede pública e sobre educação étnico raciais na educação escolar.
Participaram do seminário, integrantes do GEPEE, estudantes da rede estadual de ensino e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e convidados.
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