Docentes da rede estadual participaram, nesta quarta-feira (28/5), de videoconferência do Programa Ciência na Escola. O evento, promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, foi realizado no Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Av. Paralela, com retransmissão para as telessalas das Diretorias Regionais de Educação (Direc). O objetivo da iniciativa foi discutir a pesquisa na escola em prol da Ciência e da Tecnologia, visando sempre o protagonismo juvenil, e detalhar o edital de Popularização da Ciência e Tecnologia, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

“Debatemos sobre a metodologia científica e o processo de formação de estudantes investigadores, que pesquisam sobre os problemas socioambientais e científicos no entorno da sua escola. Assim, possibilitamos uma consciência coletiva da responsabilidade da comunidade escolar no engajamento pela popularização das ciências e tecnologias, na busca por soluções para os problemas identificados”, afirmou a coordenadora geral do Programa Ciência na Escola, Shirley Costa. De acordo com a coordenadora, a partir destes movimentos, “nascem os projetos de pesquisa que alimentam a pesquisa nas unidades e dão vida à Feira de Ciências e Matemática da Bahia, ambientes nos quais reunimos estudantes e professores de todo o Estado para a socialização destas ações”.  As unidades escolares têm até o dia 11 de junho para realizar a adesão à Feira.

Programação – No evento, a professora da rede estadual e integrante do Comitê Executivo do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio, Teresa Santos Farias, falou sobre A metodologia no processo de construção da pesquisa. Em seguida, o professor Adaltro José Araújo Costa, da Diretoria Regional Estadual de Serrinha (Direc 12), falou sobre Clubes de Ciências: ambientes de investigação científica. Já a professora Rejane Lira, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), ministrou o debate sobre A popularização da Ciência e Tecnologia - caminhos possíveis. A docente orientou os professores da rede de como proceder  para submeter exitosamente os projetos de pesquisas para as feiras de Ciências.

Para Teresa Santos Farias, o momento atual é fecundo no sentido de potencializar as iniciativas de pesquisas científicas, dentro do Programa Ciência na Escola, e mobilizar os estudantes para a viabilização dos trabalhos. “Em 2013, computamos 205 projetos de iniciação científica e socioambientais, que resultaram em uma publicação com temas riquíssimos, já disponível no Portal da Educação”

Participante da videoconferência, em Salvador, o professor de geografia da Escola Polivalente de Amaralina, localizada no Nordeste de Amaralina, Denilson Alcântara, considerou interessante o evento pela oportunidade de proliferar informações e contribuir no processo de formação dos professores em suas práticas docentes. “Nós temos realizado trabalhos notáveis, como o de fotografia, intitulado Nordeste Negro, um dos vencedores do Projeto de Artes Visuais Estudantis (AVE), no ano passado”. Ele contou que os estudantes desenvolveram, também, pesquisas sobre as usinas hidrelétricas, a utilização da água e a energia solar. “Para este ano, estamos pensando em um outro projeto para a Feira de Ciências da Bahia, ligado à topografia do Nordeste de Amaralina, a partir da análise socioambiental do bairro”.