O amor é transformador. É com este lema que a professora de matemática Denise Brito – atualmente, no cargo de coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Luiz Viana – dedica a sua atividade diária. Querida pelos colegas de trabalho e amada pelos estudantes, a docente é abraçada e beijada a todo momento, pelos corredores da escola. O tratamento interpessoal, considera, faz a diferença não só na relação com a comunidade escolar, como também com as famílias, com quem a professora mantém um diálogo permanente, buscando trazer os pais para dentro da escola como uma forma de aproximá-los da vida escolar de seus filhos e, assim, contribuir com a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem.

 

Os alunos são tratados por ela de “meus amores” e eles, por sua vez, a chamam de “mãe”. “Busco fazer um trabalho com os pais e os estudantes na formação de valores importantes, como o amor, o respeito e a solidariedade. A maneira afetuosa de tratá-los faz com que eles se sintam acolhidos e, como resposta, se tornam melhores como seres humanos, mais dóceis, mais estimulados. O índice de violência no Colégio Luiz Viana, por exemplo, é zero. Qualquer eventual briguinha entre os estudantes, sou imediatamente comunicada e logo busco intermediar para acabar com o conflito através do diálogo, da escuta. Não me canso de investir neles”, declara, emocionada, a professora Denise Brito.

 

 

A diretora Soane Nascimento Lima admira o trabalho realizado pela coordenadora pedagógica. “Sem querer desmerecer os outros colegas, não posso deixar de ressaltar o diferencial da pró Denise pela sua capacidade de valorizar os estudantes e incentivá-los nos estudos e nas suas vidas pessoais. Ela é assídua, comprometida, responsável, educada, amável e super-requisitada na escola”.

 

Outra admiradora da professora Denise é Josenilda Pitanga Gonzaga, mãe da aluna Poliana, 17 anos. “Ela vive dialogando com os estudantes e com os pais. Liga pra gente, dá muita assistência, incentiva os alunos pelo gosto aos estudos e orienta nós, pais, a conversar com os nossos filhos, procurar saber o que eles estão aprendendo na escola e mostra a importância da amizade e do respeito. Ela consegue harmonizar o ambiente”.

 

Escolha pela matemática
A história de vida de Denise Brito é curiosa. A escolha pela carreira docente da disciplina Matemática decorreu de um episódio, aos cinco anos de idade, durante uma “sabatina”. “Por mais que eu estudasse, não me sentia capaz para aprender a fazer as operações fundamentais da matemática. E na aula da pró Hormizida Dórea – nunca esqueci o nome dela –, quem não acertasse a tabuada, não tinha recreio. Imagine o que é isso para uma criança”, recorda. 

 

A partir desse episódio, a professora foi se tornando uma aprendiz autodidata de matemática e, aos 12 anos, já era professora mirim da sua turma – uma espécie de monitora da disciplina. “A Matemática tomou tanta conta de mim que optei pelo curso de licenciatura de Matemática, na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e, depois, ainda fiz Pedagogia, para ensinar Metodologia da Matemática”, recorda.

 

 

 

 

 

 

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