IAT inicia série de encontros para avaliação do Plano de Formação Continuada Territorial

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Neste 12 de julho, data em que se comemora os 121 anos de nascimento do educador baiano Anísio Teixeira, o IAT, instituto que leva o seu nome, iniciou uma série de reuniões de avaliação e replanejamento do Plano de Formação Continuada Territorial, que realiza em nome da Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Os encontros, que vão ocorrer durante toda a semana, contarão com a participação dos dirigentes municipais de educação e diretores dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE) dos 27 territórios de identidade baianos, além de formadores, articuladores pedagógicos e equipe pedagógica que conduzem o Plano.

A primeira reunião foi aberta pela diretora-geral do IAT, Cybele Amado de Oliveira, que apresentou o objetivo de avaliar o primeiro semestre da formação continuada neste ano. “Toda a nossa equipe do IAT hoje está dedicada a avaliar o percurso para redesenhar o segundo semestre. Vem muita coisa por aí”, adiantou. Diana Melo, diretora pedagógica do instituto, ressaltou a importância de se refletir o processo formativo que vem sendo construído em uma rede tão heterogênea. “Estamos em uma grande rede, com pessoas diferentes, mas com o mesmo objetivo: construir processos educativos e formativos cada vez mais justos e equânimes para nossas crianças e também para os adultos”.

No turno da manhã, participaram deste primeiro dia de reuniões os NTEs  9 (Amargosa - Vale do Jiquiriçá), 16 (Jacobina - Piemonte da Diamantina) e 26 (Salvador - Metropolitano de Salvador). Pela tarde, foi a vez dos NTEs 7 (Teixeira de Freitas - Extremo Sul), 13 (Caetité - Sertão Produtivo) e 25 (Senhor do Bonfim - Piemonte Norte do Itapicuru). As secretarias municipais de educação dos municípios destes territórios marcaram presença e foram citadas, uma a uma, por Micheli Cruz, coordenadora de formação de profissionais de educação do IAT. “É muito valioso planejar esse momento para repactuar nossos caminhos, que só são firmes, fortes e seguros quando trilhados de forma colaborativa.” 

Para este encontro, os dirigentes dos NTEs foram convidados a responder a seguinte pergunta:  “Como a formação continuada tem contribuído com o exercício profissional dos sujeitos na sua rede de ensino até esta data?”. A partir das respostas, a equipe que coordena o Plano de Formação poderá fazer os ajustes necessários para manter a qualidade do trabalho. 

Nazaré dos Santos Costa Alves, diretora do NTE 16, relembrou o caminho percorrido no território, desde a formação ainda em formato presencial, em 2019. Ela contou que embora ainda não tenham atingido a participação de 100% dos educadores, a formação tem lugar de destaque nos municípios partícipes. “A formação do IAT tem marcado um diferencial muito grande, primeiro nos unindo - Estado e municípios - em um trabalho parceiro, e, depois, na aplicação do conhecimento em sala de aula, que é onde ele deve chegar”.

Uma das outras razões para a realização desta série de reuniões foi relembrar as premissas e objetivos da formação, para municípios que aderiram após as últimas eleições municipais. Micheli apresentou um breve resumo da trajetória da formação, que começou em 2019, a partir de uma necessidade latente de promover a formação continuada para coordenadores pedagógicos, então enfraquecida na Bahia. Falando um pouco mais sobre o arranjo territorial e a relevância de respeitar as diferenças culturais, sociais, econômicas de cada território, explicou que a sustentação do trabalho é o fato de ser baseado na rotina dos profissionais. "Não somos um curso. Estamos pensando, de fato, na prática profissional. Isso faz uma grande diferença. O Plano de Formação não funciona de maneira extraordinária, fora do que é a rotina da escola, do trabalho do coordenador, do gestor ou do técnico". 

Também nesta oportunidade, foi apresentada a pesquisa que está sendo realizada entre os educadores participantes da formação, coordenada pelo Itaú Social. Em torno de mil educadores participaram da pesquisa, que teve seus resultados compartilhados na reunião. A grande maioria (82%) classificou como muito bom ou bom a adequação dos conteúdos apresentados na formação com a realidade dos seus municípios e 84% deram a mesma classificação para a aplicabilidade dos instrumentos e conteúdos apresentados.

Presente ao encontro, a educadora Maria Dias Assunção pôde avaliar o Plano de Formação Continuada em duas frentes. Em 2019, ela participou da formação como coordenadora pedagógica. Agora, acompanha os trabalhos como dirigente do NTE 7. "Quando atuava como coordenadora, a gente fazia a formação e quando voltava para a escola, mobilizava todo mundo para colocar em prática o que a gente tinha aprendido. Isso rendeu muitos bons frutos. Lembro que a escola melhorou no IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], tudo a partir da formação. Em 2020, ela se tornou ainda mais necessária, por causa da pandemia. Muitos desafios estão sendo superados com a ajuda da formação do IAT". Ela citou dois instrumentos que estão contribuindo muito neste processo: a construção do Plano de Ação nas secretarias e a criação da Agenda do Coordenador. "Foram de fundamental importância para que nossos gestores e coordenadores pudessem implementar uma educação de qualidade". 

Sebastião Oliveira, secretário de educação em Livramento, no NTE 13, falou sobre a importância de as redes caminharem juntas. "Até então, os municípios eram colocados em segundo plano. Agora, há esse laço de parceria, de comprometimento. Estamos juntos pela melhoria da qualidade da educação". 

Sobre o Plano de Formação Continuada Territorial 

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira realiza a Formação Continuada para Gestores Escolares, Coordenadores Pedagógicos das redes municipais e Estadual, além das Equipes Técnicas das Secretarias Municipais de Educação e dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE). A ação, que conta com o apoio da União dos Municípios da Bahia (UPB), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e parceria do Itaú Social, tem foco nos profissionais que atuam nos períodos do 6º ao 9º ano e no Ensino Médio. Por conta da pandemia do Coronavírus, a formação acontece em ambiente virtual, reunindo mais de 9 mil educadores e técnicos de 414 municípios dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.

 

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