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Encontro dos Clubes de Ciências debate educação científica no estado da Bahia
Professores responsáveis por Clubes de Ciências nas escolas da rede estadual de educação participaram, ontem (12) e hoje (13), no Instituto Anísio Teixeira, do primeiro encontro presencial dos Clubes de Ciências. A atividade, que contou com o apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SECTI) e do SESI, teve por objetivo fortalecer a cultura científica e o desenvolvimento da abordagem STEAM na Bahia tendo como foco a criação de uma comunidade ativa, capaz de popularizar a ciência e engajar jovens em práticas inovadoras.
Durante dois dias de trabalho os professores participaram de momentos expositivos, práticos e de discussão em grupos e de atividades interativas que lhes permitiram explorar temas diversos e criar soluções colaborativas.
O encontro foi aberto com uma palestra sobre ‘A Educação Científica no Currículo’, que foi ministrada pela coordenadora geral da Febrace, Roseli de Deus Lopes.
Em sua apresentação, Roseli de Deus afirmou que os Clubes de Ciências nas escolas ou nas comunidades ajudam muito a potencializar trabalhos de educação científica e que acha muito importante tentar conciliar aquilo que é feito nestes clubes com aquilo que está sendo fornecido no currículo.
“É importante estimular os professores a trabalharem juntos, a pensarem possibilidades para que, o que acontece na sala de aula, reforce o que acontece nos Clube de Ciências e vice-versa. Utilizar estes espaços para desenvolver atividades que fortaleçam aquilo que está sendo trabalhado no currículo para que se consiga trazer os questionamentos que acontecem nas atividades dos clubes de Ciências para dentro da sala de aula para serem discutidos e aprofundados”, destacou.
Ainda em sua exposição, a coordenadora da Febrace indicou algumas publicações sobre o tema, dentre elas o Guia para a Prática da Educação STEAM no Ensino Médio que trata, dentre outros aspectos, da aprendizagem por projetos e problemas, planejamento de uma pesquisa investigativa, execução, análise e registro de um projeto investigativo e comunicação de um projeto de pesquisa.
Roseli de Deus discorreu também sobre as competências da BNCC que são trabalhadas pelos Clubes de Ciências e projetos investigativos, destacando que os mesmos ajudam os estudantes a ampliar seus conhecimentos e entender o que acontece no mundo real, desenvolver o pensamento científico, crítico e criativo, estimular a criatividade, ampliar o repertório cultural, dentre outras.
“Quando a gente dá liberdade para o aluno fazer algo que é de interesse dele, ele acaba descobrindo caminhos possíveis de estudo e de atividade profissional e isso é bastante importante, porque ele vai identificando coisas que ele tem real interesse e isso pode ajudar ele no projeto de vida”, analisou.
Também na oportunidade, professores de 04 escolas da rede estadual da Bahia compartilharam suas experiências com os Clubes de Ciências com os demais participantes do encontro.
“O Clube de Ciências, que hoje tem adquirido está característica tão forte, este movimento tão grande, ele nada mais é que um espaço alternativo dentro das nossas escolas onde a gente traz o encanto da ciência para os nossos meninos, porque ela encanta e a gente consegue mostrar porquê. Mas sobretudo um espaço onde a gente precisa propor aos nossos meninos que eles sejam livres para pensar e para pesquisar. Se a gente gosta de falar que o nosso aluno é protagonista, a gente precisa exercitar, sair do lugar de professor, que detém o saber, e ouvir”, refletiu a professora do Colégio Estadual Alberto Valença, em Salvador, Marília Fontes, que é responsável pelo Cube de Ciências CEAV.
A professora discorreu sobre o que chamou de dores e alegrias para criar e manter o Clube de Ciências e lembrou que fazer projeto é apenas uma das etapas da educação científica.
Também durante o encontro, os educadores dos Clubes de Ciências participaram de 04 oficinas: ‘Cultura Maker na Educação Científica’, ‘Como fortalecer meu Clube de Ciências?’ e ‘Inteligência Artificial na Educação’ e ‘Como aplicar método de engenharia ou método científico para submissão de projetos de pesquisa em feiras científicas’.
“Estou muito feliz de estar participando deste encontro. É um marco muito importante para quem coordenada Clubes de Ciências. É muito bom ter esse reconhecimento do estado em relação ao nosso trabalho, ter a oportunidade de participar desta formação para que possamos trazer novidades aos clubes e mais possibilidades. Quero parabenizar o IAT e todos os seus parceiros nesta iniciativa”, afirmou a professora Pachiele da Silva Cabral, do Centro Territorial de Educação Profissional de Araci, que é responsável pelo Clube de Ciências Sisal.
Mapeamento
Em setembro deste ano, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, através do Instituto Anísio Teixeira (IAT), realizou um mapeamento detalhado dos Clubes de Ciência da Rede Estadual da Bahia, visando compreender as características, demandas e potencialidades desses espaços de aprendizagem científica. Essa ação teve o objetivo de fortalecer a rede de clubes de ciência e promover a integração entre as iniciativas locais. A partir das respostas obtidas no mapeamento, foi possível identificar as temáticas e áreas de atuação predominantes nos clubes, além de entender os principais desafios enfrentados pelos educadores e estudantes na condução das atividades científicas.
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