Educadores participam de formação com o Instituto Paulo Freire

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Foto: Kelly Carolina
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais os sonhos e quais as perspectivas da Educação sobre a ótica de Anísio Teixeira e Paulo Freire? Os educadores e técnicos da Secretaria da Educação do Estado puderam, nesta sexta-feira (21), aprender um pouco mais sobre estas duas referências da Educação no país e no mundo com o professor Moacir Gadotti, presidente do Instituto Paulo Freire. O educador ministrou palestra sobre o assunto, no auditório da Secretaria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador durante formação de coordenadores locais e coordenadores pedagógicos dos municípios que aderiram ao Pacto da Educação, neste ano.
 
O professor Moacir Gadotti disse que o sonho destes pioneiros era um sistema nacional de Educação em regime colaborativo, cujo manifesto completa 85 anos, tendo o baiano Anísio Teixeira como um dos protagonistas. “Esse manifesto é um documento fundador da Educação nacional. Mas, até agora, o sonho dos pioneiros foi realizado muito pouco, já que a base proposta era um sistema nacional de Educação em regime colaborativo”, disse.
 
Gadotti destacou que o Estado da Bahia está à frente neste sentido, ao promover o regime de colaboração com os municípios voltado para a alfabetização das crianças na idade certa e, também, para jovens, adultos e idosos. Ele enfatizou a importância da formação continuada neste contexto. “A Bahia está em vantagem, porque está adiantada na prática dessa lógica colaborativa, através do programa Pacto pela Educação. Mas precisamos avançar muito mais nessa cultura colaborativa entre Estado e municípios, daí a necessidade de uma formação continuada na área, com o intuito de fortalecermos o sistema educacional colaborativo”.
 
O presidente do Instituto Paulo Freire ressaltou, ainda, a importância dos processos virtuais da Educação com base nas novas tecnologias da informação. “Elas são importantes para tornar o ensino mais prazeroso, seja na alfabetização inicial ou na alfabetização de adultos, que, aliás, devem caminhar juntas, como assim tem trabalhado a Coordenação de Projetos Especiais da Secretaria da Educação do Estado, sempre levando em conta as especificidades de cada Núcleo Territorial, que é o lugar das identidades das pessoas, onde elas têm o sentimento de pertencimento e isto é essencial no processo educacional”.
 
Alfabetização na idade certa – A coordenadora de Projetos Especiais da Secretaria da Educação, Elenir Alves, destacou a importância da formação de coordenadores locais e pedagógicos das escolas das redes municipais. “Esta ação foi desenvolvida com o objetivo de fortalecer o processo de alfabetização das crianças do 1º ao 3º do Ensino Fundamental e faz parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que busca a parceria entre Estado e municípios. Portanto, este momento de formação é fundamental para reenergizarmos a equipe formadora que, a partir de agora, vai para a ponta fazer a formação dos coordenadores pedagógicos nos municípios e, com isso, estamos contribuindo para o fortalecimento da alfabetização no Estado”.
 
A professora formadora do Pacto pela Educação, Maura Miranda, também falou da política de alfabetização para impactar na qualidade da Educação Básica. “Se o município consegue alfabetizar os seus estudantes na idade certa, contribui para que a rede estadual dê continuidade aos processos educativos ao longo dos anos. A gestão de aprendizagem está organizada em ciclos, mas observamos que isto não foi devidamente compreendido pelos municípios. Daí a necessidade desse diálogo com as redes municipais e as formações, no caso, fortalecem a política de Educação, afinal, quando os professores e coordenadores estão bem orientados, evitamos o insucesso escolar em massa nas redes municipais”, analisa a educadora.

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