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Educadores baianos discutem concepções curriculares em encontros da Formação Continuada
Publicado em seg, 09/08/2021 - 12:28 por Ascom/Educação
Palavras-chave:
Um dos grandes temas dos encontros do Plano de Formação Continuada Territorial da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, realizado através do Instituto Anísio Teixeira (IAT), é a concepção curricular e suas diversas implicações para a educação nas escolas. As discussões com diretores escolares e coordenadores pedagógicos contam com a presença de diversos especialistas convidados, numa ponte que aproxima a educação básica do ensino superior.
No dia 21 de julho, uma quarta-feira, os educadores dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE) 8 (Médio Sudoeste ) e 13 (Sertão Produtivo), participaram de uma reunião que teve como convidada Cristiana Ferreira dos Santos, doutoranda em educação pela FACED/UFBA. Já no início da reunião, a educadora ressaltou a importância do viés dos professores da educação básica nesta construção e pautou a participação coletiva como fundante. A professora trouxe também teorias curriculares e a importância de se entender em qual delas se está caminhando para alcançar o desenvolvimento das aprendizagens dos estudantes.
“Quando a gente se torna atores e atrizes ‘curriculantes’, a gente precisa entender as teorias e o que essas teorias querem. Quando a gente pensa em currículo, a gente tem que saber para que sentido está caminhando: para uma sociedade crítica ou reprodutora? A gente precisa reconhecer as vozes dos nossos professores, coordenadores, mães, pais, dos próprios alunos.”
A professora explicou que o currículo não é uma lista de conteúdos, tampouco é a didática, a forma, mas sim um documento com diversos desdobramentos que não pode focar apenas em uma série ou um segmento. Para isso, deu o exemplo do IDEB: “Muita gente foca só no 5º e no 9º ano, mas e o fluxo? O fluxo é sobre toda a escola. Quando pensamos em atividades na escola para o IDEB, precisamos pensar em todos os anos. Não queremos uma escola boa, um segmento bom, queremos uma rede boa”.
Para que o currículo contemple os saberes necessários para que o aluno efetivamente aprenda, a educadora defendeu uma formulação de currículo que possa transgredir a ordem que define as diretrizes do federal para o municipal. Para ela, é necessário considerar os saberes locais, as diversidades existentes. A educadora Letícia Rodrigues, de Caetité, que participou das reuniões para a construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em âmbito municipal e estava na reunião com Cristiana, concorda: “Os documentos estão aí e quem vai subverter o currículo e livro didático são os professores em sala de aula. A gente não ensina para o ENEM, a gente ensina para a vida.”
Mundo humano x mundo do gabinete
Para Gerusa, os documentos referenciais são muito importantes, mas não são currículo em si. Este precisa ser construído em cada instituição, definido pelos saberes e necessidades dos que estão em cada contexto. “O currículo construímos na escola no trabalho ‘microbiano’, invisível. O currículo é do mundo humano, não é do mundo do gabinete, é da escola: enredado, construído e fincado na escola”, defende. Só a partir dessa configuração curricular, é possível a construção de sentido, considerada pela professora como indispensável para que a aprendizagem aconteça. “O processo educativo não se restringe à escola. Vamos para a escola nos complementar, nos ressignificar, mas já tendo conhecimentos e poderes”.
Como a educação baseada nos múltiplos saberes e na diversidade pode ser emancipadora? Essa foi uma provocação feita pela professora e respondida por diversos educadores presentes. Zenaide Alves Pereira afirmou: “A escola deve ser um lugar de inquietação. Pois se a gente continuar na nossa zona de conforto, ainda será o lugar onde se exclui”. O educador Nilton Cerqueira refletiu: “Sobretudo deveria ser um espaço de emancipação cidadã, mas será que a escola é isso atualmente? Escola é espaço de legitimação de lugares sociais, seja para comandados ou para comandantes, infelizmente. Muitos alunos passam pela escola e saem com seu lugar de subserviência legitimado.” A professora Gerusa finalizou: "O currículo é o condutor das ações para emancipação ou manipulação".
Dessa forma, Gerusa reiterou que, embora conteúdo não seja currículo, conhecimento é. E qualquer conhecimento é passível de atualizações e transformações ao longo do tempo e das necessidades que se apresentam. Através da flexibilidade, o currículo “ganha vida”, podendo se adaptar ao contexto mutável e impermanente da trajetória escolar. “A flexibilidade está na centralidade do movimento. Um currículo flexível tem mais alcance. Pensar nessa flexibilidade é pensar em currículo como conhecimento”, completa Gerusa.
Currículo como linguagem
O encontro aconteceu pelo Youtube na sexta-feira (30/7) e teve como tema o "Gerir o currículo na sala de aula: a perspectiva sobre a gestão do ensino e a aprendizagem no contexto remoto e híbrido", com mediação da formadora Jaciara Marinho.
Daniela defendeu que é preciso deslocar o entendimento que temos do que seja o currículo. "Nós tínhamos essa ideia de currículo como um conjunto de disciplinas que a gente tinha que trabalhar. A pandemia veio e jogou a gente num lugar de instabilidade, de provocação. Nós precisamos sair da lógica do currículo como um conjunto prescritivo de aprendizagens para determinada finalidade e construir a ideia de currículo como linguagem, que comunica, quer, deseja, significa".
A educadora lembrou que não se trata de desprezar o que a humanidade construiu em termos de conhecimentos, mas de olhar para este momento particular e priorizar o que acolher como conteúdo escolar.
"As escolas precisam pensar em outras possibilidades, porque elas existem. Criar os seus próprios caminhos a partir das necessidades dos alunos, dos professores, da comunidade". Ela citou algumas estratégias possíveis, como a construção de projetos pedagógicos focados na resolução de problemas, a organização de turmas em torno de eixos temáticos e as aulas invertidas.
Daniela também ressaltou a importância da aproximação entre o ensino superior e o ensino básico, em encontros como o promovido pelo IAT. "Isso que a gente está fazendo nessa tarde é fantástico. Temos que parar com essa coisa de que a universidade vai dizer para a educação básica o que tem que fazer, ou o contrário, de que a educação básica não quer mais ouvir o que a universidade tem a dizer, porque lá é só uma caixa de teoria. Nesse momento, mais do que ficar se bicando, a gente precisa se fortalecer, para além de qualquer coisa. A universidade forma o professor, mas isso não torna a universidade mais imperiosa do que a educação básica. É o momento de fazer esse trabalho de aproximar para aglutinar forças".
Aleomaria Rodrigues elogiou o posicionamento de Daniela. "Muito interessante sua abordagem. O profissional da educação precisa atuar com relação à necessidade atual no processo de ensino/aprendizagem, não se apegar meramente a uma lista de conteúdos", comentou. Alexsandra Santana, diretora escolar em Jacaraci, lembrou da importância de promover a autonomia dos estudantes. "Trabalhar com os conteúdos essenciais e criar no aluno uma autonomia de busca, de criadores. A escola precisa se adequar com protocolos pedagógicos onde todos participem de todo processo".
Sobre o Plano de Formação Continuada Territorial
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira realiza a Formação Continuada para Gestores Escolares, Coordenadores Pedagógicos das redes municipais e Estadual, além das Equipes Técnicas das Secretarias Municipais de Educação e dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE). A ação, que conta com o apoio da União dos Municípios da Bahia (UPB), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e parceria do Itaú Social, tem foco nos profissionais que atuam nos períodos do 6º ao 9º ano e no Ensino Médio. Por conta da pandemia do Coronavírus, a formação acontece em ambiente virtual, reunindo mais de 9 mil educadores e técnicos de 414 municípios dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.
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